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3 de dez. de 2007
...tem coisas na vida que ai ai.
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13 de jun. de 2007
Não seria a Jerusa uma performer dentro do sentido da Performance Art?
As performances urbanas
e sua influência no processo criativo
do dançarino contemporâneo
Ana Moura de Oliveira
pi
A palavra inglesa performance "surgiu" em 1531, ela vem do verbo em inglês to perform 'alcançar', 'executar', do francês antigo parfourmer 'cumprir, acabar, concluir'e de former 'formar, dar forma a, criar' e, do latim formare 'formar, dar forma'. Na arte ela é empregada de maneira muito diversa, pois, ela pode significar tanto o desempenho do artista durante um trabalho, quanto dar nome ao segmento artístico – Performance Art. A palavra performance pode também ser utilizada para designar uma ação voluntária ou não.
Ao dizer performances urbanas me refiro a toda e qualquer ação executada por um corpo, humano ou não, dentro de um espaço delimitado denominado cidade – 'aglomeração humana de certa importância, localizada numa área geográfica circunscrita e que tem numerosas casas, próximas entre si, destinadas à moradia e/ou a atividades culturais, mercantis, industriais, financeiras e outras não relacionadas com a exploração direta do solo '. Para desenvolver este tema me "limito", neste momento, a um objeto muito específico, porém, afirmo que As performances urbanas e sua influência no processo criativo do dançarino contemporâneo é um debate muito mais amplo do que apresentarei no decorrer deste ensaio e, pretendo dar continuidade numa outra ocasião.
Para desenvolver minha idéia de performance urbana terei como objeto principal a loucura na cidade, esta palavra do século XV é aplicada para denominar 'um distúrbio, alteração mental caracterizada pelo afastamento mais ou menos prolongado de seus métodos habituais de pensar, sentir e agir'.
Desde 2005 observo Jerusa, uma dita louca pela sociedade em geral, uma senhora de aproximadamente 80 anos, de pele clara, cabelos grisalhos, estatura baixa e aparência performática. Ela "cumpre" diariamente um percurso determinado numa parte da cidade de Salvador, esta pode ser considerada uma sub-cidade, pois se enquadra a todos os requisitos vistos no significado da palavra cidade, se chama Corredor da Vitória, localizado entre a praça Campo Grande e a Ladeira da Barra. Jerusa me chama atenção todas as vezes que tenho a sorte de cruzá-la em meu caminho, pelo fato de, estar sempre carregando muitos objetos (livros, revistas, sacolas, etc), estar vestida de maneira muito particular, estar sempre sozinha, conversando muito e sempre bastante contemplativa. Este verdadeiro fascínio por esta "figura da cidade" sempre existiu por parte da minha amiga e, também, aluna da Escola de Dança da UFBA Jaquelene Linhares e muito compartilhamos sobre este tema, e eis que surge a questão:
Não seria a Jerusa uma performer dentro do sentido da Performance Art (forma de arte colaborativa onde existe uma fusão de diversas linguagens como pintura, cinema, vídeo, música e dança, em que o artista atua com inteira liberdade e por conta própria, na maioria da vezes, criações de sua autoria) ?
Ana e Jaque: _Nossa Jerusa, que xale lindo!
Jerusa: _Ele é feito de tripa de macaco.
... e foi embora, num outro dia perguntamos:
Ana e Jaque: _ E aquele seu xale vermelho, onde está?
Jerusa: _Ah, meu xale bordeaux, não é vermelho, é bordeaux.
...e foi embora.
A partir deste dia eu e Jaque ficamos mais convencidas ainda da possibilidade da Jerusa ser uma performer, pois, para distinguir-se de uma louca faltava a escolha/decisão de interferir no ambiente conscientemente, e foram muitas as suas falas que nos fizeram acreditar na sua plena consciência e tamanha astúcia.
Ao deslocar a arte dos lugares onde convencionalmente costumamos encontrá-la, cinemas, teatros, museus e centro culturais, para outros espaços como o Corredor da Vitória e, quando deixamos de marcar um horário exato para ela como, por exemplo, sextas e sábados às 21hs e domingo às 20hs e com a duração de 1h15min, acredito que passa a ser uma questão de escolha de quem assiste definí-la como tal.
Segundo depoimentos informais de pessoas que transitam no Corredor da Vitória há mais de 5 anos que a Jerusa faz esse percurso, o que faz com que ela possa ser vista como uma pessoa não-louca , já que loucos são aqueles que estão afastados dos seus métodos habituais de pensar, sentir e agir, e todos com que falamos dizem que ela é assim, ou seja, seus hábitos são estes; e uma possível performer , pois, como na Performance Art o artista tem inteira liberdade, não poderia a Jerusa ter decidido fazer uma performance durante sua vida inteira?
Referência Bibliográfica:
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa,
Instituto Antônio Houaiss, 2001. Editora Objetiva.
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18 de mai. de 2007
venham pra BAHIA! _fotos com mãe!_
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